Crise reduz empregos e demanda de refeições caem 20% no Restaurante Popular de BH
O aumento do desemprego no Brasil tem afetado até os atendimentos de serviços populares oferecidos a população, como é o caso da redução de clientes durante o horário de almoço no Restaurante Popular, Unidade Herbert de Souza, localizado em frente à Rodoviária de Belo Horizonte. Conforme Carlos Henrique Pantusa, Gerente de Coordenação dos Programas de Alimentação Popular (GPAP), responsável pelos Restaurantes Populares da capital, houve uma redução de 15 a 20% de público no horário do almoço. Segundo ele está redução é referente mais especificamente aos comerciários que trabalham nas lojas próximas à unidade, onde o índice de desemprego tem sido significativo.
Na avaliação de Pantusa o aumento no preço em 50% no valor das refeições que elevou o valor de venda do almoço de R$ 2,00 para R$ 3,00 em junho deste ano, por si só não é determinante para a queda de público, mas aponta pesquisa recente realizada pela Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional (SMASAN), onde apresenta grande diferença no preço da refeição " Tipo Prato Feito - PF" vendida nos comércios locais com preço mínimo registrado de R$ 7,90 e preço máximo de R$ 17,80. “Portanto, acreditamos que o principal fator condicionante da redução da atividade econômica nos municípios e nas cidades, implicando na redução do consumo de bens e serviços pela população, incluindo a compra de alimentos prontos / processados e/ou "in natura”, seja mesmo a crise econômica e política que o país vêm sofrendo nos últimos meses”, disse.
Almoço grátis aumenta procura
Ao contrário do que tem ocorrido com a queda de comerciários no Restaurante Popular na região central da capital, é o aumento no atendimento ao público em situação risco (PSR) e Beneficiários do Bolsa Família em torno de 5%, não só no horário do almoço, como também no café da manhã e jantar, que por sua vez, recebem as refeições gratuitamente.
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