Economia População deve pagar mais, levar menos e abster de alguns desejos.
Segundo pesquisas realizado pelo Movimento das Donas de Casa de Minas Gerais (MDC), os produtos que compõe a cesta básica dos brasileiros estão entre os de maior elevação nos preços este ano. O tradicional café da manhã, com pão está no topo da lista com uma variação de 64,58% , com um preço entre R$4,80 a R$ 7,90. Para pesar ainda mais orçamento familiar, o feijão preto tem uma elevação de 49,30%, com preços variando entre R$ 4,28 a R$ 6,29. Em seguida aparece os ovos brancos com 30%, custando de R$ 2,28 até 9,98, e o feijão carioca com preços de R$ 5,38 a R$ 6,39, somando uma variação de quase 17%. Além do aumento nos preços essas mercadorias ainda continuam sendo bastante compradas pelos consumidores. Segundo Thiago Vaz de Melo, gerente comercial do supermercado “Mart Minas” os alimentos de grande procura, entre eles o arroz, feijão e óleo, não vem sofrendo queda nas vendas, mas sim um aumento nos preços. “As pessoas ouve muito falar que esses produtos podem faltar, então enquanto fica essa especulação, o consumidor acaba comprando” conta. Para a diretora de Pesquisa e Qualidade de Produtos do MDC-MG, Terezinha Furst Teixeira, as pessoas precisam saber comprar as coisas não por impulso, evitando levar para casa algo que possa vir a ser desperdiçado. Ela explica que os consumidores devem ficar atentos a época em que algumas mercadorias tem uma redução nos preços. “ A carne de boi é a vilã, assim como o arroz, o feijão e o pão. Na verdade o café do brasileiro está caro e o pão também. Quanto ao pão ficou estabelecido que não haverá aumento até 30 de novembro” conta. Aumento que está cada vez mais visível no carrinho de compras das famílias. O comerciante João Alberto da Silva, conta que compra esses produtos porque são essenciais, porém destaca que está levando menos mercadorias, cada vez que necessita fazer suas compras . “Hoje não levo nem a metade, até coloco no carrinho, mas na hora que chego no caixa, a outra metade fica” ironiza Terezinha Furst, explica que a população precisa saber aproveitar os ingredientes que tem em casa, como fazendo sucos com talos de folhas, fazer um arroz temperado com a sobra do frango. “ Fica bom e rende mais. Talo de verdura, a gente ferventa, refoga e aproveita nos pratos. As vezes como uma casca de uma fruta você faz uma sobremesa.
Comida a quilo Terezinha explica que outra reclamação feita pelos consumidores é o preço da comida à quilo. Ela conta que as pessoas não está tendo tempo para ir em casa almoçar e acaba comendo nos restaurantes, sem saber como é o preparo daquele estabelecimento. Com base em uma pesquisa feita pelo MDC, ela explica que foram avaliados diversos restaurantes da capital, onde ficou provado que em determinadas regiões os preços são bem elevados. “Todos que avaliamos do ponto de vista de higiene, estavam perfeitos, mas os preços nada agradáveis. Tem local com preço mais acessíveis depende do lugar” diz. Conforme especialistas a crise econômica não chegou com tanta força no Brasil, mas os consumidores devem ter cautelas na hora de gastar. O gerente comercial do Mart Minas, Thiago Vaz da Silva, aponta que o cenário é de incerteza também para os empresários.
Repercussão da crise econômica mundial
Até mesmo o Brasil que apresenta um crescimento no consumo e aumento da renda familiar nos últimos anos, não deve comemorar muito, com as vendas deste final de ano. A rede de supermercados do Mart Minas, no centro da capital este ano aposta em um crescimento menor devido a crise mundial. “ Está todo mundo perdido, esperamos que o fim de ano seja bom. Mas não devemos aumentar este ano o número de vagas para trabalho”, conta. A rede teve metas de crescimento de 25% nos anos anteriores e este ano espera apenas 10% de crescimento. A diretora de pesquisa do MDC-MG, Terezinha Furst, acredita que até o Natal, a crise não deverá surtir muito efeito, devido as medidas que vêm sendo tomadas pelo Banco Central, como a venda do dólar, mas salienta que as pessoas devem poupar o cartão de crédito. “ Temos que procurar ficar dentro do nosso orçamento, evitar fazer compras a longo prazo ou em varias prestações. Porque a gente não sabe até onde vai essa crise, já que conseguiu afetar os Estados Unidos e Europa” esclarece Para o gerente de vendas de lojas com mercadorias à partir de R$ 1,99 as vendas devem seguir o bom desempenho que vêm obtendo. “Estamos esperando vender mais, com ou sem crise. A crise ainda não afetou muito o Brasil, e o crédito ainda é bom. Aqui o pessoal sempre chega e quer levar” conta. Fábio Nogueira explica que um dos motivos para acreditar no bom desempenho é que as pessoas vêem um produto há 1,99 e querem levar,.Conforme Fábio Nogueira, já está tendo um aumento em função do Natal, onde muitas pessoas fazem encomendas de grande quantidade de mercadorias para doação ou presentear alguém antecipadamente. “As fábricas sempre pensam em criar novos produtos, e o que facilita é o preço, não porque muitos são da China” diz. Diversão nas férias
Para o agente de viagens da CVC, Leonardo Ribeiro Belo, a procura por pacotes de viagens para o Natal, fim de ano e carnaval mantém até o momento as expectativa, mas ressalta que está havendo uma mudança quanto a localidade que as pessoas estão escolhendo. Segundo ele muitos estão preferindo pacotes de viagens no território nacional. “Temos também muitas reservas de pessoas aguardando a quéda do dólar para viagens . Com isso estamos tendo muita procura para Porto Seguro, Guarapari e Cabo Frio” conta.
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Anderson